Contratos de Seguro - Diligência
- Roberto Muniz

- 27 de mai. de 2024
- 2 min de leitura

Contratos de adesão, como os de seguros, possuem cláusulas preestabelecidas pela seguradora, que a outra parte deve aceitar. Por isso, é essencial realizar um exame cuidadoso das condições e cláusulas. Uma prática recomendada é realizar uma análise detalhada de todos os contratos de seguros antes da adesão, garantindo que todas as exclusões e limitações sejam compreendidas e que a cobertura atenda às necessidades da empresa.
Delegar a contratação e gestão de seguros a funcionários nem sempre preparados é uma prática comum em muitas empresas. Para aprimorar esse processo, é recomendável designar profissionais com conhecimento especializado em seguros ou contar com consultorias especializadas. Além disso, investir na formação contínua dos colaboradores responsáveis por essa área é uma estratégia essencial para garantir eficiência e segurança.
As condições de seguro de propriedades, por exemplo, particularmente nos produtos padronizados, podem apresentar restrição para vários riscos, excluindo-os ou limitando-os a valores insuficientes. Além disso, o clausulado chega a ter mais de 150 páginas e mais de 100 coberturas. Analisar essas apólices não é uma missão fácil. A restrição de coberturas ocorre com muita frequência.
A gestão de seguros exige uma análise detalhada dos riscos financeiros potenciais, incluindo danos patrimoniais, materiais, morais, estéticos, ambientais e financeiros. Para isso, é necessário realizar uma análise abrangente, que inclui:
• Clausulado, Coberturas, Limites (importância segurada) e Franquias: Examinar minuciosamente esses aspectos das apólices para garantir que elas sejam adequadas aos cenários de perda projetados.
• Manter-se atualizado sobre as práticas e tendências do mercado de seguros pode ajudar na renegociação de termos e na adoção de apólices mais vantajosas.
• Baseado na análise de riscos, propor alterações nos parâmetros das apólices para melhor adequação às necessidades da empresa.
• Seguros de Terceiros e Subcontratados: Exigir seguros de terceiros e subcontratados. Muitas vezes são contratos de serviço que permitem acesso dos terceiros às suas instalações com risco de grandes prejuízos. Isso não só distribui os riscos, mas também evita o aumento dos prêmios de seguro da própria empresa devido à sinistralidade.
A diligência de seguros envolve uma análise abrangente da organização e é essencial para uma boa gestão de riscos. Isso inclui:
• Relatórios técnicos de Gerenciamento de Risco (Inspeção de Riscos Patrimoniais), com Identificação de riscos, Estudo de perdas máximas e Determinação dos requerimentos de proteção, em conformidade com as normas técnicas nacionais e internacionais.
• Programa de Gerenciamento de Riscos: Programa que inclua todas as etapas da identificação à mitigação de riscos.
• Compatibilidade dos valores em risco declarados
• Análise de Continuidade de Negócios: Planos de contingência e estratégias de recuperação para os cenários relevantes identificados
• Análise Quantitativa de Risco de Responsabilidade Civil: Avaliação do impacto financeiro potencial de danos a terceiros para os cenários relevantes identificados.
Em resumo, a gestão eficaz de seguros envolve uma abordagem estratégica e bem-informada. Ao seguir essas práticas, sua empresa estará mais bem protegida e preparada para enfrentar imprevistos, garantindo tranquilidade e segurança em suas operações. Adotar essas medidas pode parecer desafiador no início, mas os benefícios a longo prazo certamente compensam o esforço.





Comentários